Crédito da imagem European Southern Observatory M. Kornmesse
A observação primária de tal objeto, deu-se quando o mesmo navegava a 0,2 UA (unidade astronômica), aproximadamente 30 000 000 Km distante da Terra. De inicio classificaram-no como um cometa, logo depois como um asteroide. Porém, Oumuamua não apresentava características de tais objetos, tratava-se do primeiro objeto observado como uma nova classe chamada asteroides hiperbólicos.
Baseados em observações feitas durante 29 dias, constatou-se a excentricidade orbital de Oumuamua que foi declarada pelos seus observadores como sendo 1,20 mais alta do que qualquer outro objeto observado cruzando nosso Sistema Solar. Sua alta excentricidade faz crer que o Oumuamua nunca esteve gravitacionalmente preso a qualquer Sistema Solar conhecido ou desconhecido devido a sua alta velocidade de entrada em nosso Sistema Solar. Com inclinação na casa 123º em relação a eclíptica (projeção sobre a esfera celeste da trajetória aparente do Sol observada a partir da Terra) e velocidade orbital (velocidade de um objeto em qualquer ponto de sua órbita) cerca de 26,33 km/s em relação ao Sol quando no espaço interestelar (referente ao material que preenche os espaços entre estrelas), atingindo picos de até 87,71 km/s no periélio ( periélio vem de peri (à volta, perto) e hélio (Sol), é o ponto da órbita de um corpo, seja ele planeta, planeta anão, asteroide ou cometa que estão mais próximos do Sol).
Arte imagina como é a aparência do Oumuamua (imagem ESO)
Declarado como o primeiro objeto interestelar que cruza nosso sistema solar com estas características, com cerca de 400 metros de comprimento e 40 metros de largura e devido a sua alta velocidade (160 mil Km/h), muito mais rápida que o esperado, os astrônomos da Universidade de Harvard acreditam se tratar de um objeto artificial de origem alienígena com objetivo de investigar nosso Planeta. Outras características que levaram os astrônomos a desconfiarem da origem alienígena de tal objeto, é que o mesmo ignorou totalmente a atração gravitacional solar, não sofrendo qualquer alteração de sua rota ao passar pelo Sol. Para sair de nosso Sistema Solar, atingiu a incrível velocidade de 160 mil km/h, algo não observado em qualquer outro corpo celeste cruzando nosso galáxia.
Seligman & Laughlin em 2020, sugeriram que Oumuamua fosse um iceberg de hidrogênio, então o gás hidrogênio puro que lhe dá seu impulso semelhante a um foguete teria escapado da detecção. Esta teoria baseia-se na suposição de que o gelo H2 pode se formar em densas nuvens moleculares. Caso isto seja verdade, objetos de gelo H2 podem ser abundantes no universo.
Foto: European Southern
Poderia ser algo construído por cérebros inteligente?
Publicado na revista Astrophysical Journal Letters os estudos feitos pelos astrônomos Shmuel Bialy e Abraham Loeb considerando o Oumuamua de origem artificial com possibilidade de ser uma espécie de veleiro espacial flutuando pelo universo como se fora resíduo de equipamento(s) tecnologicamente avançado. Tal estudo é baseado no excesso de aceleração observado como se este fosse "empurrado" pela radiação de sóis por onde passa o desconhecido objeto. Eles compararam o Oumuamua as velas solares criadas por nós, como a Ikaros por exemplo, que foi nossa primeira sonda interplanetária impulsionada por uma vela solar lançada pelo Japão em 2010 destinada a estudar o planeta Vênus. Mas esta teoria não foi aceita pela comunidade científica que alegou que para ser uma vela solar, o Oumuamua teria que ser obrigatoriamente mais fino do que é e caso fosse uma nave, teria uma trajetória mais suave.
Outros estudiosos acreditam que, segundo suas pesquisas, a origem do Oumuamua explica seu formato singular. Provavelmente o objeto teria se desgarrado de algum cometa ou de um planeta maior que a própria Terra. Felizmente ou infelizmente essa teoria também ainda não foi comprovada.
Outras tantas teorias surgiram no espaço de tempo em que Oumuamua ocupou as telas dos visores de vários observatórios, porém, nenhuma delas, chegou perto de uma conclusão que resolvesse o mistério. O fato é que este objeto deu bye-bye ao nosso Sistema Solar em 2018, deixando para traz centenas de perguntas sem respostas. Asteroide ou cometa, sonda ou nave especial, qualquer outro corpo interestelar ou ainda, manifestação sobrenatural, quem baterá o martelo da verdade?
Dúvidas ficarão orbitando nossos pensamentos, pois falta-nos dados para concluir pesquisas e nos aproximar da verdade. Em fim, os debates quanto a origem e composição ou estrutura molecular do Oumuamua, segue e deve durar muito tempo...
Fontes: Zap, Galileu, Space.com, Canaltech e Wikipédia
Textos e pesquisas:
Sucesso!
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