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F1 - Celacanto NG Br - Reprodução |
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Figura 1 - Celacanto Latimiriidae - Reprodução |
Apelidado de “Fóssil vivo”, pois
até o peixinho aparecer novamente só se tinha encontrado fósseis, acredita-se
que o velho Celacanto tenha evoluído para estado atual cerca de 400 milhões de
anos. A mais importante característica deste peixe é possuir barbatanas pares
(peito e pélvica, algo como pernas e patas) com bases que se assemelham aos
membros dos vertebrados terrestres, movendo-se de igual maneira. Quando foi
encontrado em 23 de dezembro de 1938, pelo capitão da traineira de pesca sul-africana que quase perdeu a mão arrancada por um Celacanto, já se
conhecia aproximadamente 120 espécies do Celacanto que eram fósseis indicadores
de sua existência no passado, de acordo com as idades das rochas onde foram
fossilizados. Antes da descoberta de um exemplar vivo, acreditava-se que o Celacanto
era um parente próximo do primeiro vertebrado a sair
das águas, dando origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes que inclui os humanos.
Os tetrápodes são, na verdade, uma superclasse de vertebrados terrestres, possuidores de quatro membros que evoluíram dos peixes de nadadeiras lobadas cerca de 395 milhões de anos atrás.
Descoberta:
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F3 - Celacanto - Fóssil - Reprodução |
A partir de 1938, quando se descobriu o primeiro Celacanto, várias
outras famílias foram encontradas. Não as vou citar com seus nomes científicos
complicados, mas, vou relacionar os lugares onde foram vistas, a saber: na costa
da África do Sul ao largo do Rio Chalumna, atual Tyalomnqa, nas Comores,
Quénia, Tanzânia, Moçambique, Madagascar, e em iSimangaliso Wetland Park,
Kwazulu-Natal também na África do Sul e Sulawesi Norte, Indonésia, em 1999.
Cabe aqui o registro de que dois pesquisadores (Arnaz e Mark Erdmann) ter
fotografado um dos espécimes da família do Celacanto num mercado na Indonésia
antes de sido comprado por um anônimo cliente, esta fotografia faz parte hoje
do acervo do Instituto Indonésio de Ciências (Lipi).
Descrição Geral:
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F4 - Celacanto - Reprodução |
Espécies ainda vivas:
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F5 - PVM de Tóquio Japão - Reprodução |
Latimeria Chalumna e Latimeria menadoensis são as únicas espécies
vivas conhecidas de Celacantos. A palavra Celacanto significa literalmente,
"coluna oca", por causa de suas barbatanas suportadas por tecido
ósseo. São grandes, crescendo até 1,8 metros. São noturnos e piscívoros. O
corpo é coberto de escamas cosmoides que atuam como uma armadura. Possuem oito
barbatanas: duas dorsais, duas peitorais, duas pélvicas, uma no anal e uma
caudal. A cauda é simétrica e termina por um tufo que compõem o lobo caudal. Os
olhos são muito grandes, enquanto a boca é muito pequena. Os olhos estão
adaptados a ver na luz negra por terem bastonetes que absorvem comprimentos de
onda baixos, na faixa do azul. Maxilas falsas substituem a maxila, uma
estrutura que está ausente em Celacantos. Têm duas narinas, juntamente com
outras quatro aberturas externas que aparecem entre o pré maxilar e os ossos
laterais rostrais. Os sacos nasais são semelhantes aos de muitos outros peixes.
O órgão rostral está contido dentro da região etmoidal da caixa craniana, com
três aberturas. O órgão rostral é usado como parte do sistema lateral com
sensores. A recepção auditiva é mediada por sua orelha interna. A orelha
interna de um Celacanto é muito semelhante à dos tetrápodes, e é classificada
como uma papila basilar.
Locomoção:
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F6 - Celacanto Extinção Próxima - Reprodução |
A locomoção dos Celacantos é exclusiva. Para se deslocar, eles
aproveitam correntes verticais e usam suas nadadeiras pares para estabilizar o
seu movimento na água. Enquanto no fundo do oceano, as suas barbatanas pares
não são utilizadas para qualquer tipo de movimento. Podem criar impulso para
partidas rápidas usando suas nadadeiras caudais. Devido ao elevado número de
barbatanas, o Celacanto tem alta manobrabilidade. Os Celacantos também podem
orientar seus corpos em qualquer direção na água e já foram vistos a nadar
verticalmente com a cabeça virada para o fundo do mar, ou de barriga para cima.
Pensa-se que o órgão rostral os ajude com eletromagnetismo. O genoma de
Latimeria chalumnae foi descrito em 2013, indicando que os seus genes
codificantes de proteínas evoluíram mais lentamente que os genes homólogos nos
tetrápodes. Análise filogenética revelou que os peixes pulmonados são mais
próximos dos tetrápodes que o Celacanto.
Extinção à vista:
O pobre velhinho Celacanto, não tem valor comercial, a não ser pela
cobiça de museus e colecionadores particulares. Sua capacidade de sobrevivência,
pode estar ameaçada pela pesca comercial de arrasto nos mares profundos, seu habitat
natural.
http://www.bioorbis.org/2014/01/celacanto-fossil-vivo.html
https://guiadapesca.com.br/celacanto/
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