domingo, 26 de julho de 2020

TURISMO - FONTE JUDITH


FONTE JUDITH



Fonte Judith Teresópolis
foto de Gustavo Lucena




    Na semana passada, soubemos um pouquinho a respeito do Dedo de Deus, que é um monumento natural de grande importância, principalmente para Teresópolis, pois não tem como falar da cidade e não lembrá-lo. 
    Hoje vamos entrar mais na cidade, e parar na Fonte Judith. Uma fonte natural de água fresca, que é um ponto turístico pitoresco da cidade e, traz consigo a história de ter água terapêutica.

    Nos conta a história, que em 1920, pelas mãos do pedreiro Manoel Guedes da Costa, a fonte teve sua primeira  fachada de estrutura colonial em alvenaria, mais tarde passando por mais duas revitalizações, sendo a última, a que conhecemos em 1967, preservou-se a característica colonial, mas foi quando ganhou os faunos, de onde brotam, nas suas cinco saídas, água pura, fresca e cristalina. Nesta revitalização também ganhou  o revestimento em azulejos portugueses de Jorge Colaço, e duas trovas na sua fronte em homenagem ao monumento, uma do trovador  Manoel de Araújo Peres e outra da trovadora Ilda Correia Leite, respectivamente:

"Bendita fonte a correr!
Numa sagrada missão, 
a todos dar de beber
na concha de cada mão."

"São dois destinos irmãos:
o da fonte e o do altar.
Quem vai beber junta as mãos,
 junta as mãos quem vai rezar..."

 
    A história da fonte e que a cerca das alusões de águas curativas, tiveram origem no seguinte: Em meados de 1919, um bem sucedido empresário do ramo de armarinho, Luís de Oliveira, que tinha seu estabelecimento comercial na capital e, possuía em Teresópolis, no bairro do Alto, uma casa de veraneio onde passava os momentos de lazer com a família.
    Em determinado momento, teve sua filha Judith acometida de problema de saúde gástrico ao qual peregrinou por diversos médicos especialistas na capital, sem sucesso, e por isso, resolveu trazê-la ao aprazível clima da serra, pois este, poderia fazer bem a menina. A filha, em Teresópolis,  passou a beber diariamente a água fresca de uma nascente que brotava próximo à propriedade da família, e sentiu suas dores se amenizarem até a total cura do mal que sofria. 
    Por sua vez seu pai, procurou adquirir a fonte milagrosa, quando foi feita a primeira obra em alvenaria já citada, e  deu o nome de sua filha curada e assim é conhecida até os dias atuais.
    Após algum tempo, por motivo de falência do seu negócio, Luís se viu compelido a vender sua propriedade na cidade de Teresa e junto dela, a sua fonte Judith, solicitando ao comprador que a mantivesse e, com o nome que lhe havia dado. 
    A Fonte ainda assim pelas mãos dos seus proprietários posteriores não sucumbiu à especulação imobiliária tendo sido doada a municipalidade. 
    A fonte traz seu nome até os dias de hoje e muitos que não conhecem a história, acreditam que o nome da fonte seria uma alusão e homenagem à Judith bíblica o que acabamos de descobrir que não é a verdade.
     Não deixe de visitar a Fonte Judith em Teresópolis e ver pessoalmente este ponto turístico, provar de sua água fresca e quem sabe obter os efeitos curativos que fizeram daquela simples nascente a fonte Judith...





Fotografia e pesquisa: Gustavo Lucena







Gustavo Lucena de Melo é um escritor fluminense, nascido em Niterói, criado entre o subúrbio carioca e a serra teresopolitana. E reside desde sua tenra idade na cidade que lhe tomou o coração a cidade de Teresa, como também é conhecida.

Em Teresópolis Gustavo se criou e por influência, principalmente da mãe e do padrasto, se descobriu um consumidor de livros. E por esse amor a literatura, redescobriu seu lado poeta. Coordena o GT (grupo de trabalho) do Fórum de cultura de Teresópolis "Palavra em ação", possui uma obra publicada, de grande importância para a cidade, por se tratar de um momento crítico recente pelo qual a cidade passou:  "Vida sob escombros", é integrante do grupo de artistas idealizadores, criadores e mantenedores do "Jornal Alecrim" onde vem fazendo, periodicamente, o seu editorial.

GUSTAVO LUCENA, comanda a coluna TURISMO E NATUREZA, e a coluna POESIAS E CRÔNICAS, nos DOMINGOS e SEGUNDAS respectivamente.







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