quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Mosquinhas Incríveis: Da Genética ao Happy Hour, Conheça os Segredos dessas Pequenas Notáveis

 Mosquinhas Incríveis: Da Genética ao Happy Hour, Conheça os Segredos dessas Pequenas Notáveis

Ah, essas mosquinhas, aquelas pequeninas experts em irritar quando você só quer curtir sua refeição em paz, né? Mas sabia que elas têm mais na cabeça do que imaginamos? Elas não só conseguem bagunçar nossos momentos tranquilos, mas também levaram para casa alguns prêmios Nobel, coisa que nem você, com todo seu charme, conseguiu ainda!

Brincadeirinhas à parte, em 1946, 1995 e 2011, essas moscas, oficialmente conhecidas como Drosophila melanogaster (nome chique, né?), levaram para casa a glória cinco vezes, graças a descobertas incríveis. Agora, por que elas são tão especiais? Bom, essas pequenas notáveis têm uma vida média de 60-80 dias, mas fatores como temperatura e superlotação podem afetar sua longevidade, o que as torna verdadeiras heroínas da genética.

Você sabia que essas mosquinhas são basicamente modelos de passarela para cientistas? Com inúmeras gerações em sua bagagem, os pesquisadores conseguem estudar cromossomos e genes entre diferentes gerações. Isso ajudou a validar a teoria de que os cromossomos são os responsáveis pela herança genética. Imagina só, a mosquinha da fruta ajudando a desvendar os mistérios dos nossos próprios genes!

E tem mais: 75% dos genes associados a doenças humanas têm seu correspondente identificável nessas danadinhas. Elas têm apenas 4 pares de cromossomos e cerca de 14 mil genes, enquanto nós, humanos, ostentamos uns 22,5 mil genes. A diferença não é tão grande assim, né?

Essas mosquinhas já participaram de pesquisas até depois de uma noitada, estudando concentrações de álcool em seus corpinhos, já que são surpreendentemente parecidas com a gente. Na Universidade da Califórnia, em São Francisco, as mosquinhas realizaram o sonho de qualquer estudante universitário, transformar a faculdade em um bar e beberam TODAS. Isso foi feito para compreender os vícios do álcool e da nicotina no organismo. Segundo os estudos, elas não ficam tão diferentes de você, meu caro leitor. No início, elas se tornam bem animadas e querem cada vez mais. Em seguida, perdem a coordenação e ficam totalmente desequilibradas. Por fim, a velha e boa ressaca: elas desmaiam. Se, por acaso, forem privadas de álcool por um ou dois dias, em qualquer oportunidade que tiverem, irão voltar a beber.

Se houver qualquer semelhança com alguém que você conheça, não é apenas coincidência. Basta pensar que as moscas são normalmente encontradas em frutas que já estão ficando podres, ou seja, seu açúcar está sendo fermentado para virar álcool. Através disso, os pesquisadores conseguiram estabelecer características presentes em vícios e o que provoca esse comportamento.

E acredite ou não, elas também têm sido objeto de estudo sobre sono. As coitadinhas foram expostas à luz durante 24 horas, impedindo-as de dormir. Se você acompanhou o primeiro artigo científico publicado no Jornal Alecrim, saberá que não tem nada de bom em ser privado do sono. Ocorreu a desregulação homeostática do organismo da coitada, e ela teve diversos sintomas, como estresse, diminuição dos níveis de glicose e diminuição da atividade locomotora, entre diversos outros sintomas. Quem diria que essas pequenas perturbadoras têm tanto a nos ensinar, né?

E olha que isso é só a ponta do iceberg! Essas pequenas perturbadoras têm muito mais a oferecer. Os estudos avançam, as descobertas se multiplicam, e a ciência nunca para. Então, da próxima vez que você encontrar uma dessas mosquinhas, agradeça pela colaboração científica delas e só depois mande-as para bem longe de você!!!! Te vejo na próxima.

 

Priscila Figueiredo




Um comentário: