Kombiteca Samburá de Histórias: um sonho sobre rodas começa a ganhar forma
Kombiteca Samburá de Histórias: um sonho sobre rodas começa a ganhar forma
Em 2023, um antigo sonho começa a sair do papel e tomar a estrada: nasce a Kombiteca Samburá de Histórias, uma biblioteca itinerante que carrega, além de livros e personagens, o desejo profundo de levar leitura, arte e afeto para os cantos mais esquecidos dos mapas culturais.
A bordo de uma Kombi transformada em ponto de leitura móvel, o coletivo Samburá de Histórias inicia um novo ciclo de atuação. A proposta nasceu aos poucos, nas rodas de conversa entre amigas, nas oficinas, nas contações de histórias feitas em praças, escolas rurais e comunidades periféricas. A Kombi foi idealizada como símbolo de movimento, afeto e resistência — uma forma poética de chegar até onde a cultura muitas vezes não chega.
“Essa Kombi foi sonhada com muito carinho. A gente buscava algo que representasse mobilidade, aconchego e encantamento. Quando encontramos essa Kombi à venda, parecia um sinal. Mas não foi fácil: vieram os desafios mecânicos, os ajustes técnicos, o tempo de espera…”, conta Cláudia Coelho de Meneses, idealizadora do projeto. “Ela ainda não pôde circular tanto quanto gostaríamos nesse início, mas está sendo cuidadosamente preparada, como um ninho antes do voo.”
Sandra Souza Dias, contadora de histórias e integrante do projeto desde sua semente, completa:
“A Kombiteca é a realização de um sonho coletivo. Quando começamos o Samburá, já existia essa vontade de expandir, de alcançar mais crianças, mais comunidades. A Kombi vem para isso — ela é como uma grande casa que carrega nossos panôs, nossos bonecos, nossos livros e nossas vozes. Mesmo quando não está presente fisicamente, ela inspira nossas ações.”
Já Marlene dos Santos Macedo, arte-educadora do grupo, relembra o sentimento ao ver o projeto ganhar forma:
“Ver a Kombiteca pronta, decorada, com as cores do nosso sonho... é emocionante. Passamos meses imaginando como ela seria, costurando ideias, sonhando os detalhes. Teve perrengue, sim — muito conserto, muito imprevisto —, mas cada etapa nos aproximou ainda mais do propósito. Ela ainda está em fase de ajustes, mas já é parte viva do nosso trabalho.”
A Kombiteca carrega em sua lataria as marcas do esforço coletivo, das oficinas feitas com recursos mínimos, dos encontros afetivos entre educadoras, artistas e sonhadoras. Não é apenas um transporte — é uma metáfora viva de movimento, esperança e transformação social.
Por enquanto, mesmo sem ainda estar presente em todas as ações, a Kombi é presença simbólica e potente em cada história contada, em cada livro aberto, em cada oficina feita nas escolas e praças de Teresópolis. E em breve, com os ajustes concluídos, ela estará nas estradas, nas comunidades, nas feiras, fazendo aquilo que nasceu para fazer: levar cultura com afeto e presença.
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