O que seria o julgar e o punir dentro campo filosófico – religioso entre Cristo e Sócrates?
A faculdade de julgar passa tanto por um
caminho natural da subjetividade, que em um primeiro momento se coloca pela
ilusão produzida pelo “cristalino”, que assim gera um sentimento
de selvageria, dentro de um jusnaturalismo macabro, que em vias de regras leva
para a discriminação quanto à pessoa que não se enquadra nos padrões morais e
históricos dentro de um determinado período histórico.
Vejamos que Sócrates teve como uma de suas
principais acusações, o sentido de “corromper a juventude”, todavia se analisarmos
um caminho de liberdade filosófica, suas ideias podem ser classificadas como um
forte fator para alicerçar a construção de uma realidade dialética, que venha a
favorecer o surgimento de fugas, quanto os perigos do pecado original de um
primeiro ponto de visa julgador
permanente perante “o outro” que venha a causar, um
arcabouço de comiserações preconceituosas e classicistas.
Já para o Nazareno, suas tentações
luciferianas colocam que o homem, está a cada instante em uma luta interna de
poder buscar sua liberdade, lutando contra forças metafísicas, que estão contra
suas vontades, e para chegar ao caminho de Deus, vai passar por falácias e
discursos que pregam o espiritual, mas com uma carne que adora material.
Tanto os dois personagens aqui citados não
deixaram escritos de próprio punho para suas épocas vivenciais, mas usando de
argumento de Hans Freyer, “para a atualidade de uma época histórica os
procedimentos do que seja legal e ilegal, tem conter o clivo da sociedade
civil, como uma forma de responsabilidade social coletiva perante os usufrutos
e benefícios de uma lei que possa ser classificada como justa ou injusta”.
Mas o Messias, como o “Pai da Filosofia”,
sofreram com uma pistis de discriminação e humilhação que coloca um sentido
lógico de um autoquestionamento de que até que ponto compensa se declarar como
sendo uma pessoa boa, sem caminhar para armadilha da discriminação e da
humilhação?
Seria óbvio pensar, que diante o
tecnicismo que vivemos na doença mental coletiva, de que “pensar”, já pode se
tornar um ato de rebeldia, e o opinar, o argumentar o questionar, não podem,
estarem em um caminho epistemológico de vim a concentrar em
combater uma massificação de teor da ação em busca de uma lapidação
mental, que possa elevar uma imperativa flexibilidade de um esclarecimento, que
não se faça um caminho de uma meta-filosofia de que estamos vivendo uma
igualdade eloquente, enquanto vemos amostras de um empirismo perseguidor do
bom-senso radical, em cada vez mais discriminar, os que ousam cumprirem, com uma ética de bem estar, tanto em se
apresentar como uma pessoa boa perante seus semelhantes, como também a ficar
distante de um teor vital de virar
chacota, diante o sentido de cumprir com a verdade, e com suas
responsabilidades civis contendo uma cartasis lúcida e propedêutica diante um
panaceia de exaurir bons atos, sem ir para a mecanicidade de uma bajulação, de
que se fazer o certo, se torna uma atitude tão grandiosa, e que diretamente
caminha para uma raridade, quanto proceder a sentimentos de que se conectarmos
nosso “ser a uma profundidade psicológica de empatia e lapidação mental
perante o outro”, estamos causando um incomodo no caminhar daqueles e
daquelas que ousam gostar do julgar, sem levar em conta uma igualdade mental de
pensamentos e atitudes, que venham enobrecerem, o combate à parcimônia de mentalismo de
esclarecimentos legais e espirituais, diante os que ousam ir contra ordem social
e jurídica estabelecida, somente pelo prazer de andar com o errado, como também
contendo algum motivo particular torpe.
Sócrates e Cristo estão dentro de um
teatro de uma linguística filosófica - religiosa, de que no momento em que é
proposto quebrar paradigmas políticos e estatais, seja em uma remota colônia do
Império Romano, ou no apogeu da Cidade – Estado de Atenas, se construiu uma
lacônica de massificação, quando a prosseguir dentro de sistemas governamentais
que venham a zelarem, pela construção de aceitação, comoção e libertação
perante os que eram (e ainda são!) considerados desiguais.
Em torno de um clamor, para a punição por
julgamentos que levem a falsificação de um amor coletivo, podemos colocar uma
estrutura de poder, que possa fugir da arquitetura de subúrbios perdidos
em atributos pensativos, que somente
venham a gerarem sentimentos perigosos, quando a trovar, que a ousadia em estar
em um traçado de combater a promiscuidade de uma geração de preconceitos mórbidos, possa também
conter uma oportunidade de colocar em um mesmo campo de libertação de moral
questionadora, que possa unir tanto corpo como mente, em exalar a chancela de
que tanto a religião como a filosofia necessitam estarem em um mesmo corpo de
ontogênese, tanto de fortalecimento da fé, como também em poder oferecer uma patuscada de criticas ao
senso-comum, em não se aceitar tudo, sem levar em consideração as
consequências para si próprio, assim para todo o agrupamento humano informativo e
subjetivo em que esteja inserido, sendo um sínodo de contemplação e
disseminação de bons ensejos intelectuais e pessoais.
Dentro de volátil campo do Direito, tanto
Cristo como Sócrates podem entrarem na famosa poética Fernando De Pessoas,
quanto à união entre a criação divina, e as audácias humanas.
“Deus quer, o homem sonha, a obra
nasce”.
Mas nisso de nascer e morrer o homem tanto
se condena, como se liberta em seus desafios diários de tentar exercer uma
igualdade, sem mediocridade do julgar ou discriminar aleatoriamente e
sumariamente, elevados esteios de oportunidade psicossociais.
SOBRE O AUTOR
Clayton Alexandre Zocarato
· Email: claytonalexandrezocarato@yahoo.com.br
· Instagram: Clayton.Zocarato
Clayton Alexandre Zocarato faz parte do programa "Escritores de Sucesso" faça partetambém deste programa do Jornal e Editora Alecrim.
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