Teresópolis em destaque na Bienal do Livro do Rio: uma celebração da literatura local e da força dos independentes

 


Teresópolis em destaque na Bienal do Livro do Rio: uma celebração da literatura local e da força dos independentes

 

A Bienal do Livro do Rio de Janeiro, um dos maiores eventos literários da América Latina, foi palco de uma emocionante participação do Jornal e Editora Alecrim, que levou à cena nacional autores independentes com raízes profundas na serra fluminense. Em uma ação coletiva e colaborativa, o estande da editora reuniu autores, leitores, novos lançamentos e muita emoção.

       Representando Teresópolis, os autores e editores Cláudia Coelho, Gustavo Lucena e Álan Magalhães organizaram, em parceria com a Editora Alecrim, uma participação marcante que incluiu o lançamento de obras de escritores como Lorena Feliciano, Paulinho Feliciano, Alice Prema, Lilian Duarte, Daniella Vargas, Carol Rocha, Flávio Telles e Rita Oliveira. Os lançamentos atraíram leitores de todas as idades e provaram que a literatura local tem voz, força e público.

 

     lançamento Alice Prema
    Lançamento Flávio Telles
    Lançamento Gustavo Lucena


    Gustavo Lucena

     Rita Oliveira

    Lançamento Carol Rocha


    Lançamento Lilian Duarte


    Lançamento Daniella Tavares Vargas

A jovem Lorena Feliciano, natural de Casimiro de Abreu, também foi uma das revelações do evento, encantando o público com seu livro juvenil escrito em coautoria com o pai, Paulinho Feliciano. A diversidade temática e de estilos apresentada pelos autores do grupo reforça o compromisso da Editora Alecrim com a valorização da escrita autoral brasileira e com a democratização do acesso à leitura.

 

    Lançamento Lorena Feliciano e Paulinho Feliciano



Outro destaque foi a participação do músico Álan Magalhães e da contadora de histórias e oficineira Marlene Macedo, que contribuíram não apenas na organização do grupo de autores, mas também com sua arte e sensibilidade em uma apresentação especial na Casa da Cultura e do Conhecimento, promovida pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (SECEC-RJ) juntamente com a autora Cláudia Coelho que contou a história do seu livro “Akuan, o peixinho curioso”. O espetáculo emocionou o público e enriqueceu ainda mais a presença da serra na Bienal.

 




O olhar atento e sensível do fotógrafo Marcos Batty registrou momentos inesquecíveis durante os lançamentos e encontros com leitores, eternizando a participação desses escritores em um evento de grande relevância nacional.

 

Além da Editora Alecrim, outras autoras teresopolitanas brilharam na Bienal com obras de grande sucesso e reconhecimento: Ana Maria de Andrade e Andrea Taubman, que já conquistaram um vasto público leitor com suas publicações voltadas à infância, aos temas sociais e à literatura de qualidade.

 ANA MARIA DE ANDRADE

A escritora Ana Maria de Andrade é uma importante representante da literatura infantojuvenil de Teresópolis. Jornalista de formação, artista-educadora, ilustradora, coordenadora e professora do primeiro curso de pós-graduação em Literatura Infantojuvenil de Teresópolis, ela se destaca pela criação de obras que abordam temas como ecologia, cidadania e identidade cultural. Com mais de 25 livros publicados desde 2003, Ana Maria é pioneira na chamada ecoliteratura e na proposta de uma educação cósmica, levando às crianças reflexões sobre sustentabilidade e respeito à natureza por meio de histórias acessíveis e sensíveis. Entre seus títulos mais conhecidos estão Água Viva, Planeta Menos, A Fazenda do Paquequer e o bilíngue A Cidade de Teresa, este último distribuído gratuitamente para milhares de alunos da rede pública municipal.

Além da sua produção literária, Ana Maria desenvolve um trabalho de grande impacto social e educacional através do Instituto AMA Leitura, fundado por ela em 2013. A instituição promove a formação de mediadores de leitura, realiza oficinas e leva contação de histórias para escolas e espaços culturais, incentivando o hábito da leitura desde a infância. Reconhecida pela Academia Teresopolitana de Letras, onde ocupa a cadeira Machado de Assis, e agraciada com prêmios como o Troféu Tiradentes, Ana Maria é uma referência na formação de leitores conscientes e no fortalecimento da literatura local como ferramenta de transformação social.

 




(FOTOS CEDIDAS PELA AUTORA ANA MARIA DE ANDRADE)



ANDREA VIVIANA TAUBMAN

A escritora Andrea Viviana Taubman, nascida em Buenos Aires e radicada no Brasil desde a infância, é uma das vozes mais potentes da literatura infantil contemporânea. Moradora de Teresópolis, Andrea tem se destacado não apenas pela qualidade literária de suas obras, mas pelo compromisso com temas sensíveis e urgentes, como o enfrentamento da violência infantil. Com formação em Química,  especialista em Tradução pela Estácio e mestra em Linguística pela UERJ ela é também contadora de histórias, tradutora e uma presença ativa em projetos sociais voltados à infância. Sua obra mais conhecida, Não Me Toca, Seu Boboca!, que aborda o abuso infantil com delicadeza e responsabilidade, recebeu o Prêmio Neide Castanha de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, tornando-se referência em escolas e instituições pelo Brasil.

 

Além dessa obra de impacto, Andrea Taubman já publicou cerca de 25 livros, 7 deles selecionados para o PNLD Literário (2022/2023), seus livros dialogam com a educação, a empatia e a cidadania. Atua como membro da Academia Teresopolitana de Letras, foi conselheira de cultura do município e tem uma atuação constante em prol da leitura acessível, inclusiva e transformadora. Andrea foi diretora da ASSOCIAÇÃO DE ESCRITORES E ILUSTRADORES DE LITERATURA INFANTIL E JUVENIL (AEILIJ), exercendo a presidência entre julho/2023 e junho/2025. Sua participação na Bienal do Livro do Rio, com obras que já conquistaram milhares de leitores, reafirma seu lugar como uma escritora essencial para o Brasil de hoje, que acredita na literatura como ferramenta de diálogo, escuta e construção de um futuro mais justo para as novas gerações.

 







(FOTOS CEDIDAS PELA AUTORA ANDREA VIVIANA TAUBMAN)

Esse protagonismo literário de Teresópolis na Bienal lança luz sobre uma pauta urgente: a necessidade de o poder público reconhecer, valorizar e apoiar os escritores da cidade. A cultura é um dos pilares do desenvolvimento social e  econômico, e incentivar a produção e circulação de livros locais é investir em educação, cidadania e identidade. O fomento à literatura não deve ser apenas uma opção, mas uma responsabilidade política e social, com políticas públicas permanentes que fortaleçam os autores, incentivem feiras literárias e garantam a presença da literatura local nas escolas.

 

A Bienal foi mais que um evento. Foi uma declaração de resistência cultural e um exemplo do que pode ser construído quando artistas, leitores e iniciativas editoriais independentes se unem. Que essa visibilidade se transforme em ação concreta para que cada vez mais talentos de nossa terra possam florescer e levar o nome de Teresópolis e da região serrana ainda mais longe.

CRÉDITO DAS FOTOS: Marcos Batty


ÁLBUM DE FOTOS




















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